Por Elsa Sousa Especial TotalNews Agency-TNA-
Na Alfândega do Porto, a máquina distrital do Chega encheu parte da sala para ouvir o líder garantir que o partido será relevante no xadrez parlamentar depois das eleições
André Ventura vai usar uma possível eventual maioria de direita para exigir “responsabilidades” ao Governo pelos últimos anos de governação. As promessas de Ventura para o futuro foram muitas, incluindo esta: “Em terceiro estamos e em terceiro vamos ficar”
No palco, falou. “Estas não são eleições fáceis”, começou por dizer André Ventura no discurso que fez no jantar-comício deste sábado, na Alfândega do Porto – o “maior comício nacional” da história do Chega.
Segundo o líder. Ventura entrou em modo campanha, lembrando que as sondagens mais recentes voltam a colocar o seu partido como a terceira força mais votada. “Em terceiro estamos e em terceiro vamos ficar”.
O partido “não se perde com alianças, pedidos de casamento ou pedidos de namoro”, continuou Ventura, e por isso avançou com temas concretos. A maioria foram respescados, a começar pelo preço dos combustíveis. “Não vamos aceitar combustíveis assim”,garantiu, referindo-se ao peso excessivo dos impostos na conta final da gasolina e do gasóleo.
Atacou a dívida pública – “vai marcar a vida dos nossos filhos, netos e sobrinhos” – e sobretudo ameaçou a governação socialista, repetindo a ideia de fazer uma auditoria aos gastos efetuados pelo executivo, Ventura deu a sua “palavra honrada” que com uma maioria direita no Parlamento a sua prioridade seria “perceber onde é que estes governantes da última década andaram a gastar.”
Foi mais longe: com base nas conclusões dessa auditoria, o líder do Chega prometeu que “será levado à justiça quem tiver de ser levado à justiça, porque já tivemos muitos anos de impunidade em Portugal”.
Nota sobre o princípio da separação de poderes: se for eleito, tal como as sondagens indicam, Ventura será deputado: ou seja, fará parte do poder legislativa.
Em democracia, é o poder judicial “que leva as pessoas à justiça”.
Os militantes iam aplaudindo sentados, fazendo esvoaçar bandeiras brancas do partido e gritando uma ou outra palavra de incentivo: “Força André!”, ou “Vergonha” quando o líder abordava temas como as pensões ou os índices de corrupção.
Cidade do Porto vota direita , vota chega!