Por Costa Moreno –Especial Total News Agency-TNA-
Israel acusou esta quinta-feira Navi Pillay, a investigadora das Nações Unidas sobre os atentados aos direitos humanos nos territórios palestinianos e no Estado hebreu, de ser parcial, alguns dias após uma organização não-governamental ter apresentado queixa dela.
Navi Pillay preside à comissão internacional encarregada de investigar as alegadas violações dos direitos humanos cometidas nos territórios palestinianos e em Israel desde 13 de abril de 2021.
Numa carta que lhe é endereçada, a embaixadora israelita junto das Nações Unidas, Meirav Eilon Shahar, considera que a comissão tem por objetivo “diabolizar Israel”.
A diplomata afirma também que Pillay é “pessoalmente conhecida por apoiar posições anti-Israel”, condenando nomeadamente o seu uso da palavra “apartheid” para classificar a política de Israel em relação aos palestinianos, como fez a Amnistia Internacional num relatório recente.
“Consideramos a senhora Pillay uma ativista anti-Israel que não deveria presidir a esta comissão”, sustentou esta quinta-feira Lior Haiat, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita.
“Não cooperaremos com esta comissão”, acrescentou, numa conferência de imprensa, declarando que a nomeação de Navi Pillay é “uma vergonha”.
A organização não-governamental (ONG) UN Watch, com sede em Genebra, apresentou na segunda-feira junto da ONU uma queixa de Pillay e apelou para a sua demissão, argumentando que ela emitiu declarações sobre o conflito israelo-palestiniano “que comprometem a sua imparcialidade”.