Leonardo chegou ao PSG para ocupar o cargo de diretor desportivo em 2019. Três anos volvidos, sai pela porta pequena. Em entrevista ao ‘L’Équipe’, analisa a saída do clube parisiense, sublinhando que sai “com uma final da Champions, vários títulos nacionais e… a contratação do Messi”.
Leonardo garante que ficará eternamente agradecido ao clube parisiense: “A minha relação com o PSG sempre esteve ligada a emoções muito fortes, mas não guardo qualquer rancor. Tenho o meu ponto de vista mas não é o momento para o exprimir, mas sim para agradecer pela oportunidade e não o faço por demagogia. O balanço que faço é que podíamos ter feito tudo melhor, sempre se pode”. Leonardo abordou a eliminação aos pés do Real Madrid, que custou muitas críticas ao clube: “Estávamos naturalmente confiantes, mas hoje em dia muitas coisas acontecem em torno do futebol e passam-se milhares de coisas pela cabeça, é difícil manter a concentração durante os 90 minutos, mas a verdade é que poderíamos ter feito mais. Houve alturas em que pensámos que talvez fosse melhor esperar ou talvez fosse melhor seguir em frente”, refere.
O brasileiro foi ainda questionado se uma das condições para Mbappé renovar passaria pela sua saída: “Não me disseram isso, mas também não quero entrar por aí. O facto de ter mantido um jogador francês e parisiense deste nível é importante para o PSG e para a Ligue 1.”
“Julgar é fácil, mas tomar uma decisão não o é. Ele tomou a sua decisão que pode surpreender os demais, mas ao final de contas a decisão é dele”, continuou.
Sobre se teria gostado de continuar, Leonardo não se quis alongar muito mas não deixou de mandar um ‘recado’ para a direção do clube: “Sim, mas são coisas que acontecem e por vezes há situações inesperadas que ocorrem. Nestes três anos passou-se muita coisa. E muitas das que ocorreram internamente não devem permanecer assim. Quando nos separamos não há uma boa maneira de dizer que não”
Quanto à contratação de Messi, Leonardo adiantou que “foi algo inesperado”, frisando que pode afirmar ter participado na única troca de clube de Messi na sua carreira.
Segundo se chegou a falar, uma das razões que levaram ao despedimento do brasileiro foi por não vender jogadores suficientes, rumor que o próprio desmentiu: “No PSG não se pode ter tudo, é um clube que corre riscos quando se trata de investimentos. Não foi um bom momento para as vendas porque ninguém pode comprar, mas sinceramente não acho que saio por causa disso”.
Fuente Record