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Blake Lemoine foi oficialmente despedido da Google, depois de ter tornado público que a inteligência artificial da empresa tinha ganho consciência.
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De acordo com a BBC, Lemoine foi despedido esta sexta-feira, depois de ter recebido da empresa um pedido de videoconferência. Segundo o canal britânico, o agora ex-trabalhador da Google estará a receber aconselhamento jurídico e recusou-se a tecer mais comentários públicos sobre o assunto.
Por sua vez, a Google, através do porta-voz Brian Gabriel, disse que a empresa credibiliza o desenvolvimento da inteligência artificial e reviu o LaMDA 11 vezes, assegurando que os comentários de Blake são “totalmente infundados”.
Se um funcionário partilha preocupações sobre o nosso trabalho, como fez o Blake, nós revemo-las amplamente. Constatámos que as alegações de Blake, de que o LaMDA é sensível, são completamente infundadas e tentámos esclarecer isso com ele durante vários meses”, acrescentou Brian.
A completar o comunicado, a empresa diz que “é lamentável que, apesar de seu envolvimento prolongado no assunto, Blake ainda opte por violar consistentemente políticas claras de emprego e segurança de dados que incluem a necessidade de proteger as informações do produto”.
O LaMDA (Modelo de Linguagem para Aplicações de Diálogo, em português) é uma tecnologia inovadora criada pela Google, que constrói “chatbots”, reconhecendo e criando o texto, permitindo assim a conexão com o utilizador, através de conversas virtuais.
Em junho, Blake Lemoine afirmou publicamente que o LaMDA ganhou vida e tornou-se senciente, ou seja, dotada da capacidade de expressar sentimentos e pensamentos.
A Google negou as descobertas e afirmações e suspendeu o seu trabalhador por violar as políticas de confidencialidade da empresa.
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Fuente Observador