Autoridades sanitárias da República Democrática do Congo estão investigando um suspeito caso de ebola no leste do país, afirmou a OMS (Organização Mundial da Saúde) neste sábado (20).
Uma mulher de 46 anos morreu na segunda-feira (15) na cidade de Beni, no leste do Congo, um dos epicentros do surto de ebola que atingiu o país entre 2018 e 2020.
Durante o período, foram registrados 2.266 mortos entre 3.311 infectados. O surto perdendo em letalidade apenas para o que atingiu países da África ocidental entre 2013 e 2016, quando houve mais de 11 mil mortos.
A taxa de mortalidade do ebola é de 68,4% e, dentre os infectados, 29,2% são crianças.
A vítima de Beni foi inicialmente tratada para outras doenças, mas depois desenvolveu sintomas consistentes com os apresentados em pacientes com ebola, disse a OMS (Organização Mundial da Saúde) em comunicado.
O ebola infecta humanos por meio do contato próximo com animais contaminados, como chimpanzés, morcegos frugívoros e antílopes da floresta. No Congo, as densas florestas tropicais acabam sendo um reservatório natural para o vírus.
Em seguida, ele se espalha entre humanos por contato direto com sangue infectado, fluidos corporais ou de órgãos, ou indiretamente por meio do contato com ambientes contaminados.
Os corpos das vítimas são particularmente tóxicos. Funerais comunitários, em que as pessoas ajudam a lavar o corpo do morto, são uma forma importante de espalhar o ebola. O período de incubação do vírus pode durar de dois dias a três semanas.
O país centro-africano registrou 14 surtos de ebola desde 1976. O fim do mais recente, no noroeste do Congo, foi declarado no último mês de julho, tendo causado cinco mortes.
Fuente FOLHA DE S.PAULO