Da cadeia, o líder da rede criminosa PCC disse em uma série de áudios vazados que prefere uma vitória de Lula sobre Bolsonaro. O TSE, dominado pela esquerda, mandou censurar a notícia.
Em áudio divulgado pela Polícia Federal (PF) do Brasil, Marcola, líder da maior rede criminosa da América do Sul, o Primeiro Comando da Capital (PCC), é ouvido falando sobre as eleições presidenciais deste ano.
“É assim, irmão. Para nós… Para nós, o Bolsonaro é pior, irmão. Lula para nós é melhor. Não é necessário analisar nada”, disse Marcos Camacho, conhecido como Marcola, o chefe do crime que está cumprindo uma pena de 234 anos por seus crimes brutais.
Marcola falou essas palavras da prisão em uma discussão que foi gravada pela Polícia com seus capangas. “As pessoas estão com raiva, não é irmão? Porque Lula é ladrão, né? Porque ele é um bastardo, certo? Mas pode ter certeza, se Lula ganhar, vai dar um jeito nesses filhos que você tem, irmão“, ouvem-se dizer.
Em outro segmento, eles são ouvidos discutindo o futuro político do Brasil. “Lula vai mudar a Polícia, vai mudar a forma de fazer as coisas. Vai dificultar a vida de Bolsonaro e sua família”, diz Marcola. E acrescenta: “O PT tem um pedido no STF para que eles nos visitem, né irmão?”
“Se Lula vencer, eles poderão abordar esses meninos para pedir algum apoio… com Bolsonaro isso é impossível”, Marcola é ouvido dizendo no final do áudio que o próprio presidente publicou em suas redes sociais.
Censura do Tribunal Eleitoral das notícias
O juiz supremo Alexandre de Moraes saiu rapidamente em defesa de Lula e de sua bancada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ordenou que a notícia fosse suprimida, assegurando que embora seja verdade que Marcola é ouvido falando sobre as eleições e comparando os dois candidatos, ” é uma notícia falsa dizer que o chefe do PCC declarou seu apoio ao candidato do PT.”
“Na realidade, os diálogos transcritos, além de estarem relacionados às condições carcerárias, têm apenas uma conotação política, pois retratam uma suposta discussão de Marcola e outros interlocutores sobre Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Messias Bolsonaro. Discussão comparativa entre candidatos, mas não há declaração de voto”, escreveu o juiz de esquerda.
Dessa forma, o TSE obrigou veículos como A Antagonista e Jovem Pam News a eliminarem suas reportagens sobre essa notícia, atendendo a um pedido da campanha de Lula, que qualificava a divulgação da notícia como uma “ação orquestrada” sobre material vinculado a uma investigação em curso.