Por Joao Lemos Esteves -Especial Total News Agenccy-TNA-
Primeiro, o mais importante: parabéns ao Presidente eleito, Lula da Silva pela sua vitória depois de uma eleição renhida, disputada até ao último segundo. Até ao último voto. Parabéns ao Povo Brasileiro pelo clima geral em que decorreu a eleição – com emoção, com drama, mas sem tragédia. É indiscutivelmente um sinal de maturidade democrática.
Não menos importante: muito obrigado ao Presidente Jair Bolsonaro pelos quatro anos de serviço incansável ao Brasil, pela dedicação ao seu Povo – e, sobretudo, na perspectiva de quem escreve estas palavras, por sempre (nos momentos certos, mais delicados e mais importantes) se colocar ao lado da Liberdade e das liberdades. Que nunca olvidemos estas palavras do Presidente Bolsonaro: “ a Liberdade é mais importante que a Vida”. É, efectivamente, da Liberdade que brota a Vida – sem liberdade, não vivemos; sobrevivemos diante da tirania. Que a Liberdade prevaleça sempre no Brasil – e que o Presidente-eleito Lula da Silva resista à tentação da tirania.
Faz parte da natureza humana desprezar aqueles que perdem em determinado momento; passar de herói a besta é muito fácil. No entanto, é nesta hora difícil que importa evocar o legado de liberdade, de fé, de patriotismo do Presidente Bolsonaro, agradecer o seu serviço ao país e que sirva de inspiração para os muitos políticos que ajudou a eleger para o Congresso e em órgãos representativos locais e estaduais por todo o país. Há momentos na vida em que perder uma eleição não significa necessariamente perder politicamente: o Presidente Bolsonaro, não obstante todas as tormentas por que passou fruto de conjunturas internacionais diversas, logrou obter uma votação superior à atingida em 2018 e matou à partida todas as volúpias que o Presidente-eleito Lula da Silva poderia alimentar de instaurar no Brasil uma ditadura à moda chavista. De facto, ou Lula da Silva mostra um comprometimento inabalável com a Liberdade, com a democracia, com os direitos fundamentais previstos na Constituição Federal (incluindo a liberdade de expressão) – ou a sua presidência será efémera.
E ninguém desejar tal cenário: os mandatos que resultam da vontade popular são para cumprir, pois só assim se constrói uma democracia (e uma república) fortes, vivas, dinâmicas, duradouras. A Liberdade e a Democracia estão acima de qualquer circunstância pessoal. Não se caia,porém, no exagero interpretativo de achar que o Presidente Bolsonaro está politicamente morto: quem alcança o score eleitoral do Presidente dispõe sempre, inevitavelmente, de uma força política que perdurará nos tempos próximos que lhe permitirá influenciar, escolher caminhos, ditar a agenda. Por isso, o Presidente Bolsonaro deve agir com razão, e não com a emoção, nestes tempos difíceis – sob pena de desbaratar o capital político acumulado…Os milhões de brasileiros que confiaram no Presidente Bolsonaro não merecem isso.
Numa palavra, é tempo para os apoiadores de Lula da Silva celebrarem (justamente) a sua vitória, sentirem a alegria que é receberem o apoio maioritário do Povo para o projecto de sociedade em que acreditam. Os apoiadores do Presidente Bolsonaro fizeram o mesmo em 2018 – e poderão, com grande probabilidade, fazer o mesmo daqui a quatro anos…É assim a democracia: ganha-se umas vezes, perde-se outras. Tem avanços e tem recuos – nunca é um caminho linear, muito menos fácil. Os milhões de brasileiros que votaram no Presidente Jair Bolsonaro, que defendem a Liberdade e a sua Pátria democrática, têm que enxergar as lágrimas, ter orgulho no trabalho feito, sentir a alegria de um legado deixado (porque Lula da Silva não destruirá facilmente as conquistas da Administração Bolsonaro em muitos domínios, desde a economia à Defesa, passando pelas Relações Exteriores), ganhar forças, passar o bastão a Lula da Silva – e voltar rapidamente, com mais ânimo e determinação, à arena da luta política democrática.
E não esquecer que o Brasil irá festejará a vitória no campeonato do Mundo do Qatar, por altura do Natal, com uma exibição do outro mundo de Neymar Jr. – e será o Presidente Bolsonaro a assinalar o feito, ainda no exercício das suas funções…Que Deus não se esqueça que é Brasileiro durante a Copa do Mundo!
Por fim, é importante frisar que há questões que terão de ser analisadas com atenção – designadamente, a interferência da Rússia e da China na eleição de Lula da Silva. Vladimir Putin encara Lula da Silva como um activo estratégico para a sua política global “anti-liberal e anti-democrática”, utilizando Edward Snowden para interferir na política brasileira a favor do pêtista. Não foi por acaso o timing da atribuição da nacionalidade russa a Snowden por Vladimir Putin…Quem terão sido os peões de Putin para eleger Lula da Silva? Ciro Gomes e Glenn Greenwald e sua rede de “jornalistas” próximos…Putin vai usar Lula da Silva como líder de uma grande coligação de países da América do Sul e Central para se posicionar cara-a-cara diante dos Estados Unidos da América…Desta forma, Putin acredita que conduzirá a que os Estados Unidos da América se foquem em questões domésticas e das “Américas”, gastando recursos e energia aí – deixando a EuroÁsia para o “eixo diabólico” composto por Rússia-China-Irã…
Exige-se que o novo Congresso Federal esclareça as ligações entre a candidatura de Lula da Sila e o sanguinário Presidente russo, Vladimir Putin, designadamente, os contactos que manteve com Edward Snowden e o papel de Glenn Greenwald na ligação entre Lula e Ciro Gomes com seus aliados na Rússia e China. É crucial, desde já, não dar um centímetro livre a Lula da Silva para que este sonhe sequer em ser o capataz de Vladimir Putin e de Xi Jinping no continente americano…A Liberdade e a Segurança do Povo brasileiro é incompatível com uma diplomacia de terceiro mundo, de relação privilegiada com criminosos, com líderes cujas mãos estão manchadas de sangue, como é aquela proposta por Lula da Silva/Celso Amorim.
É preciso dar uma mensagem forte a Putin e a Xi Jinping, desde já, que o Povo Brasileiro sabe que querem fazer de Lula da Silva o seu peão – e que o seu plano falhará miseravelmente. Vigiaremos o que Lula da Silva fará em relação à Rússia, a Snowden, a Putin, a Xi Jinping, e aos seus amigos comunistas da Venezuela, de Cuba e de Nicarágua ao milímetro. Não passarão. Eles não!
(Artigo Publicado na Segunda-feira, depois de conhecidos resultados de eleições presidenciais no Brasil)