A saída de Alex Sandro, mais um jogador lesionado na Seleção Brasileira, pretende trazer mudanças estruturais no sistema tático do Brasil. Alex Telles, reserva imediato e quem vai assumir a vaga na lateral-esquerdo, tem características bem diferentes em relação ao camisa 6. A tendência é por uma equipe em um tom mais ofensivo – pelo menos no setor – contra Camarões, na sexta-feira.
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O jogador do Sevilla-ESP é definido por Tite como um “lateral-construtor”. Alex Telles, assim como o xará da posição, não é lá aqueles laterais à moda antiga que tem um fôlego de milhões e vai sempre à linha de fundo de cruzar. A ofensividade dele é na criação: o camisa 16 gosta de se juntar aos volantes na primeira linha do meio-campo.
Telles tem uma capacidade de passe acima da média – não à toa, é um dos defensores com mais participações em gols na história do Porto-POR, clube que atuou por quatro anos e é considerado um dos maiores jogadores da instituição em todo o tempo.
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Na Seleção não é diferente. Contra Gana, um dos últimos amistosos que o Brasil teve antes da Copa, Tite testou Alex Telles como titular. Na partida, o lateral se comportava regularmente como um “volante” e ficava bem avançado, ajudando na saída de bola e na criação de jogadas, quando a Canarinho tinha a posse.
Alex Sandro, titular original da posição, é bem mais defensivo. É difícil ver o camisa 6 deixar a primeira linha da equipe e passar até mesmo do círculo central do campo – apesar de quase ter feito um golaço contra a Sérvia. É quase um terceiro-zagueiro, sempre auxiliando as coberturas de Thiago Silva e Marquinhos.
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A alternância de Alex Sandro para Telles representa uma mudança estrutural significativa. Com qualidades diferentes, cada um oferece possibilidades distintas para aquilo que o jogo da Seleção precisa. O Brasil, já classificado, depende apenas de um empate contra Camarões para garantir a liderança do Grupo G.
Fuente Lance