O líder chinês Jiang Zemin morreu nesta quarta-feira (30) aos 96 anos, informou a mídia estatal chinesa.
Jiang morreu de leucemia e falência múltipla de órgãos em Xangai às 12h13, informou a agência oficial de notícias Xinhua.
Zemin chefiou a República Popular da China de 1993 a 2003 e foi Secretário-Geral do Partido Comunista da China de 1989 a 2002. Foi sob seu governo que Hong Kong foi devolvida à China, em 1997.
Saído da obscuridade para chefiar o Partido Comunista da China após a repressão de Tiananmen em 1989, esperava-se que Jiang Zemin fosse apenas mais uma figura transitória, destinada a ser uma nota de rodapé na história.
No entanto, Zemin obteve uma lista de conquistas depois de tirar a China do isolamento diplomático na era pós-Tiananmen, reestabelecer relações com os Estados Unidos e supervisionar um boom econômico sem precedentes.
Jiang foi visto pela última vez em público em outubro de 2019, entre outros ex-líderes, assistindo a um desfile militar na Praça da Paz Celestial marcando o 70º aniversário da fundação da República Popular da China.
Sob Jiang, a China resistiu à crise financeira asiática de 1997-1998, juntou-se à Organização Mundial do Comércio em 2001 e venceu a candidatura para sediar os Jogos Olímpicos de 2008 em Pequim.
Jiang contava entre suas realizações de maior orgulho o retorno de Hong Kong à China em 1997, após mais de 150 anos de domínio britânico, mesmo que o retorno do território tenha sido negociado por Deng Xiaoping em 1984.
Apesar dos rumores de que ele queria se apegar ao poder, Jiang se aposentou como chefe do partido em 2002, entregando as rédeas a Hu Jintao na primeira transição de liderança sem derramamento de sangue na China desde a revolução de 1949.
Fuente FOLHA DE S.PAULO
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