Lula anunciou que, se tiver saúde, poderá disputar a reeleição em 2026. Ele já havia condenado o instituto da reeleição e, na campanha, disse que seria “um presidente de um mandato só”.
Pena, porque jogou fora a oportunidade de extirpar a busca pela reeleição da lista de malignidades da política brasileira.
Hoje, a reeleição é a fonte dos piores males nacionais. Os planos golpistas de Bolsonaro estão aí para mostrar isso.
Eremildo, o idiota
Eremildo acreditou que Lula seria presidente de um mandato só. Ele também acredita que o ex-ministro Anderson Torres perdeu o celular e que foi a funcionária de sua casa quem guardou a minuta do golpe na estante. O cretino acha que a declaração de Valdemar Costa Neto de que todo mundo tinha cópias de minutas golpistas era apenas uma metáfora.
Acima de tudo, Eremildo acredita que o Gabinete de Segurança Institucional jamais se meteria numa operação para grampear o ministro Alexandre de Moraes. O general Augusto Heleno nunca concordaria com uma coisa dessas.
Grampos, hoje e ontem
Daniel Silveira, que teria planejado grampear uma conversa do senador Marcos do Val com o ministro Alexandre de Moraes, foi candidato a senador pelo PTB e não se elegeu. Fez campanha ao lado do ex-deputado Eduardo Cunha, que elegeu a filha, Danielle Dytz da Cunha.
Em junho de 1974, o ex-ministro da Fazenda Antonio Delfim Netto desceu em Brasília para uma conversa com o general Golbery do Couto e Silva. Delfim havia sido o todo-poderoso ministro da Fazenda, tentou ser governador de São Paulo, mas foi vetado. Da conversa, resultou que Delfim foi para a embaixada em Paris.
Delfim achou estranho que Golbery lhe apontasse onde sentar. Claro, era para deixá-lo perto do microfone que transmitia a conversa para um gravador instalado na cozinha.
Quem montou o grampo foi o coronel Edison Dytz, do Serviço Nacional de Informações, que posteriormente se tornaria sogro de Eduardo Cunha.
Fuente FOLHA DE S.PAULO