Na Bloomberg, relatório do JP Morgan contrastou as duas maiores economias da América Latina. “O México é o lado bom”, enquanto “o Brasil foi uma das primeiras economias a apertar a política monetária e estará entre as primeiras a ver uma recessão”.
O banco não vê “o Banco Central cortar os juros tão cedo”, daí a recessão. Em suma, “o final de 2022 pior que o esperado, quando o Brasil encolheu 0,2%, levantou a preocupação de que as altas taxas serão um grande obstáculo ao crescimento”.
Dias antes, como noticiado por El Economista e outros, Lula e o presidente Andrés Manuel López Obrador conversaram sobre “cooperação econômica” e o México liberou a importação de carne brasileira, encerrando negociação que havia começado no governo anterior do petista.
Em mexicanos como Aristegui Noticias, o ministro brasileiro da Agricultura qualificou o acordo de “um momento histórico para as relações comerciais brasileiras”, dado a elevada importação de carne pelo México, que priorizava até então a compra dos EUA.
“O humor do mundo está mais favorável ao Brasil desde a posse do presidente”, teria dito o ministro e pecuarista Carlos Fávaro.
Segundo a imprensa mexicana, o acerto visa “combater a inflação” local, problema oposto ao do Brasil, perto da recessão. Para tanto, AMLO vem buscando também Argentina, Colômbia, Cuba e Honduras, todos de esquerda, anotou o espanhol El País:
“A mensagem é na vertente econômica, mas tem forte componente política. O México quer mostrar a força de sua liderança continental, apoiada pelo novo governo do Brasil, o maior gigante econômico da América Latina.”
Lula ainda não confirmou data para, como insiste AMLO, ir à Cidade do México.
Fuente FOLHA DE S.PAULO
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